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Reivindicar a Nossa Liberdade com Sabedoria: Um Chamado à Resistência Justa em Angola
Neste momento decisivo da nossa luta nacional por justiça e libertação, o povo angolano encontra-se diante de uma encruzilhada. Com os corações feridos por anos de injustiça, desigualdade econômica e traição política, nosso desejo de nos manifestar e levantar é não apenas compreensível é divinamente justificado. Mas sejamos claros: a resistência justa não pode se transformar em destruição sem sentido. A causa sagrada da libertação não pode ser manchada por atos de vandalismo contra operadores comerciais inocentes. Quando destruímos o que é nosso, escurecemos a luz da nossa razão.
Responsabilidade Divina: Protestar Sem Profanar a Causa Justa
Sob a luz divina, o nosso clamor por justiça está em sintonia com a verdade sagrada. Os profetas do passado, de Moisés a Isaías, falaram com coragem contra a corrupção dos reis e a opressão dos pobres. Contudo, jamais pregaram a destruição dos meios de vida dos inocentes. Está escrito: “Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus” (Mateus 5:9). Não confundamos indignação justa com vingança irresponsável. Deus não abençoa mãos que destroem o pão do justo. A verdadeira revolução deve ser ungida com verdade, compaixão e ordem; não com caos.
Clareza Política: Protesto é Poder, Mas Destruição é Fraqueza
Politicamente, não podemos permitir que os inimigos da liberdade deslegitimem o nosso movimento por causa dos nossos próprios erros. Se dermos ao regime a desculpa para nos rotular de vândalos, eles a usarão para reprimir e silenciar. Cada ato de vandalismo contra negócios inocentes serve aos interesses daqueles que desejam manter Angola sob o jugo autoritário. Nossos protestos devem ser estratégicos, pacíficos e com propósito claro. Que levantemos nossas vozes, não os punhos, contra aqueles que estão ao lado da justiça e da paz.
Fundamento Filosófico: A Liberdade Exige Disciplina Moral
O filósofo Frantz Fanon disse: “Cada geração deve, a partir de uma relativa obscuridade, descobrir sua missão, cumpri-la ou traí-la.” Hoje, a missão do povo angolano é reconquistar a dignidade e o destino que nos foram roubados. Mas a filosofia nos ensina que liberdade sem disciplina é ilusão. Não podemos dizer que lutamos pela alma da nação se a rasgamos com nossas próprias mãos. Devemos ser guiados pela razão, ancorados na ética e movidos pelo amor ao próximo, mesmo quando há discordâncias.
Consequências Socioeconômicas: Não Queimemos o Pão do Povo
Do ponto de vista econômico, destruir negócios locais é um tiro no pé. Muitos dos pequenos comércios e mercados que estão sendo saqueados ou vandalizados pertencem às mesmas famílias que sofrem conosco e clamam por mudança. Quando destruímos esses empreendimentos, criamos mais pobreza, mais desemprego e mais desespero. A maioria do nosso povo já enfrenta dificuldades extremas. Não adicionemos mais dor ao sofrimento. Se queremos uma economia justa, devemos proteger as sementes da prosperidade popular, mesmo enquanto lutamos contra as estruturas da corrupção de elite.
Um Apelo Unido: Preservemos a Razão da Manifestação
Aos nossos amados irmãos e irmãs, dizemos: não coloquem em risco a razão sagrada pela qual nos manifestamos. Nossa causa é preciosa. Nossa liberdade é urgente. Nossos sacrifícios são grandes demais. Marchemos, cantemos, gritemos: sim! Mas não destruamos aquilo que pertence ao povo. Construamos, não queimemos. Ergamo-nos, não arruinemos. O mundo inteiro nos observa. E o próprio Céu está registrando.
Levantemo-nos com Retidão
O tempo de manifestação é agora. Mas a forma da manifestação importa. Que a nossa seja um movimento que una justiça divina, clareza política, integridade filosófica e visão econômica. Que nossas mãos levantem faixas, não pedras. E que nossas ações reflitam a Angola que desejamos construir: justa, livre, unida e abençoada.
Protestemos com propósito, protejamos nosso povo, e perseveremos na paz, até que a liberdade reine.
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