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“A justiça exalta a nação, mas o pecado é a vergonha dos povos.” - Provérbios 14:34

Justiça Divina: Um Princípio Superior à Vontade Humana

A justiça divina é a ordem moral do universo estabelecida por Deus, que clama por equidade, compaixão e verdade. Quando um povo clama pela libertação do jugo da opressão, da corrupção e da mentira institucionalizada, esse clamor ecoa no tribunal celestial. Em Angola, terra de mártires, sangue inocente e sonhos traídos, Deus não está indiferente. A opressão do povo, o roubo das riquezas nacionais, a perseguição aos justos,  tudo está registrado no tribunal divino.

O tempo da expiação chegou. As orações dos intercessores, as lágrimas das mães, o sangue dos combatentes da liberdade e os gritos abafados dos que vivem na sombra da pobreza serão respondidos com juízo e justiça restauradora.

Justiça Política: De Regimes Concentrados à Soberania Popular

A luta política de Angola sempre foi marcada por um paradoxo cruel: um país riquíssimo, governado por elites que concentram o poder, deixando o povo entregue à miséria. A independência foi sequestrada. O que deveria ser a libertação do colonialismo tornou-se um novo cativeiro, disfarçado em retórica revolucionária.

Mas a justiça política exige descentralização real, transparência e soberania popular. O povo Angolano não pode mais ser espectador de sua história. Deve ser autor e protagonista, não prisioneiro de partidos, famílias ou corporações.

A justiça política é devolver ao povo aquilo que dele foi roubado: a voz, o voto, a terra e o futuro. É estabelecer instituições que sirvam ao bem comum e não aos interesses de uma oligarquia.

Justiça Histórica: A Redenção dos Silenciados

Angola é terra de reinos milenares como o Kongo, onde reis e rainhas governavam com justiça espiritual. A colonização destruiu essa estrutura de sabedoria ancestral. A justiça histórica é o ato de reconhecer, honrar e restaurar a dignidade da memória coletiva, das culturas indígenas, dos heróis esquecidos e das tradições espirituais silenciadas.

É hora de Angola escrever uma nova página de sua história, não escrita com as mãos dos invasores ou de seus herdeiros ideológicos, mas com a pena dos seus filhos despertos.

Justiça Filosófica: O Dever Ético da Liberdade

A filosofia nos ensina que um governo justo só existe quando sua autoridade deriva do consentimento dos governados. Jean-Jacques Rousseau diria que onde não há participação popular, há tirania. Paulo Freire diria que a libertação começa pela consciência crítica.

A justiça filosófica exige que o povo Angolano não apenas lute contra seus opressores externos, mas também contra a ignorância, o medo e a resignação interna. A libertação não será dada,  ela será conquistada por uma nova geração que pensa, que sonha e que age com coragem ética.

A Mudança É Agora: O Kairós Angolano

O tempo crônico (kronos) da opressão está se esgotando. Estamos no tempo oportuno (kairós) da restauração. Os ventos de mudança não esperam por eleições controladas, promessas vazias ou reformas cosméticas. A mudança já começou nos corações, nas consciências, nas redes, nas praças, nas aldeias, nas igrejas, nas universidades.

Deus está levantando vozes proféticas, líderes justos, ativistas incansáveis e um povo acordado. A justiça divina se manifestará na justiça política, histórica e filosófica. A restauração do poder ao povo Angolano não é apenas possível, é inevitável.

Clamor Final

“Desperta, Angola! Reveste-te de força! Rompe os grilhões da opressão! Que o Espírito da Verdade varra esta terra com fogo e justiça. Que os altares de mentira caiam. Que o povo se levante como leões e a glória do Senhor encha esta nação.”

  • * A justiça não virá dos palácios : ela nasce do povo.
  • * A liberdade não é um presente :  é uma responsabilidade.
  • * A mudança não é amanhã :  é agora.

Eduardo-t Moises


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